Companheiros,
Estamos muito preocupados com o grande número de acidentes ocorridos na Gerdau Ouro Branco. S ã o vários acidentes CPT (Acidente com Perda de Tempo) com pessoas de gravidade A (com possibilidade de perda de vida), uma fatalidade ocorrida dia 13/06/2020 e vários C.D.M. (Acidente com Danos Materiais) de potencial A (com possibilidade de perda de vida e/ou grandes prejuízos financeiros), que somente não tiveram consequências catastróficas por sorte ou obra divina.
Neste final de semana, mais um grave acidente ocorreu na Laminação de Perfis onde um companheiro teve o pé esmagado e, provavelmente, perderá 4 dedos que foram atingidos pela peça que estava sendo trabalhada.
Mas o pior é que: com relação ao acidente fatal, ocorrido dia 13/06, até o momento não foi divulgado as causas, e Referentemente a este, ocorrido dia 01/07, já adiantaram que a causa é o famoso comportamento inadequado, ou seja, a culpa é do trabalhador.
O Sindicato não concorda e aponta falhas graves no S.S.T (Sistema de Segurança Total), que deveria ser chamado de S.S.M (Sistema de Segurança Mínima), pois as barreiras físicas e sistêmicas existentes são ferramentas da empresa para isentá-la de culpa ou ajudar a ser omissa, direcionando tudo para o comportamento, ou seja, culpar o trabalhador que é vítima deste sistema.
Será que o trabalhador é culpado pelo descumprimento das Nr’s (Normas Regulamentadoras)?
Falta de manutenção regular e adequada nos equipamentos?
Pela instabilidade nos processos?
Pela falta de uma comunicação eficaz da chefia com os trabalhadores do chão de fábrica?
Pelo quadro de funcionários extremamente enxuto e no limite?
O que a liderança pensa com relação a isso?
Alertamos a empresa que faça urgentemente uma reflexão e tenha a humildade de enxergar que o S.S.T. precisa urgente de uma reformulação, respeitar as Nr’s, que é necessário cumprir os planos de manutenção regulares recomendado para cada equipamento, estabilizar os processos de verdade, melhorar as técnicas de treinamento, melhorar a comunicação entre a chefia e o chão de fábrica, fazer comunicação eficaz, rever o efetivo e adequar a necessidade de uma operação segura e ouvir os trabalhadores e considerar os conhecimentos que vêm do chão de fábrica, ou seja, vêm de baixo para cima.
Alertamos, ainda, que a pressão excessiva sobre os trabalhadores somente vai gerar acidentes, adoecimento físico e mental e descontentamento, e nada disso contribui para uma excelência que desejamos alcançar. Precisamos urgentemente recolocar esta empresa para produzir com segurança e qualidade, tornando o ambiente menos hostil, com segurança e respeito a todos.