A gestão típica de “deixar para depois” a adoção de medidas que poderiam (e deveriam) ser tomadas imediatamente, fez com que acontecesse mais um acidente na Gerdau Ouro Branco.
Desta vez, na ventaneira do alto forno 01 que, por sorte, não resultou em vítimas humanas.
Anteriormente, tivemos um acidente na sinterização 01, com grandes prejuízos financeiros, tal como geralmente acontece numa siderúrgica.
Temos verificado (através de inspeções na usina e denúncia dos trabalhadores) que é grande DEGRADAÇÃO DE EQUIPAMENTOS da Gerdau, aliada à FALTA DE APOIO AO PESSOAL DA MANUTENÇÃO e CORTES DE PESSOAL QUALIFICADO e DE RECURSOS NAS TÉCNICAS DE PREVENÇÃO E MANUTENÇÃO PREVENTIVAS. Com isto, as manutenções são superficiais e sempre adiadas para o “limite dos limites” dos equipamentos. Temos, na área da Gerdau, muitas tubulações de gases e de água industrial deterioradas e com vazamentos, de maneira que são feitas verdadeiras “gambiarras” e “quebra-galhos” para manter o custo baixo. Este foi um trecho de uma entrevista dada, por outras palavras, pela Diretoria do Sindicato para um jornal regional, apesar de contestada pela Gerdau.
Mas, vale lembrar que o nosso jornal "O Tarugo", antes daqueles acidentes fatais, que resultaram em 5 mortes, já vinha denunciando inúmeras irregularidades operacionais apontadas pelos trabalhadores da empresa. Infelizmente, denúncias essas que continuam acontecendo diariamente e, ainda pior, se confirmando a cada dia, não passando um mês sem registrar um acidente na empresa.
A situação da Gerdau está trazendo intranquilidade aos seus trabalhadores, familiares e moradores da região.
Em recente reunião com o Comitê de Segurança da Gerdau, a nossa Diretoria alertou para a existência de fatos comprovados, dentre eles, o seguinte: gasômetro da Aciaria- em estado crítico, embora a empresa informe que “está sobre controle”; porém, os trabalhadores sabem o potencial de perdas naquele local, onde uma explosão poderia gerar perdas de vidas e uma paralisação da empresa, por longo prazo.
Umas das mais novas e grandes denúncias é o estado que se encontram os porões das laminações, com excesso de óleo e graxa provenientes de vazamentos, com grande risco de incêndio e, a toda evidência, com risco de danos imensuráveis.