No dia 24 de agosto, quinta-feira, o nosso Sindicato esteve reunido com representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Conselheiro Lafaiete, para tratar do acidente ocorrido no dia 15, na Coqueria 2 da Gerdau Ouro Branco.
Nesta reunião, o Sindicato procurou tomar conhecimento das ações que este órgão está tomando em relação ao trágico acidente ocorrido na coqueria 2, que resultou, negativamente, com um saldo de 12 vítimas - sendo 2 fatais -, além de 4 trabalhadores internados e em estado grave.
A falta de informação da Gerdau é total, mesmo para com os órgãos públicos, porém, o MTE constatou algumas irregularidades como, por exemplo, Análises de Prevenção de Risco (APR’s) genéricas, falta de planejamento detalhado das atividades, além de ter sido verificado que nem todos os envolvidos na atividade tinham total conhecimento dos riscos inerentes às tarefas.
Infelizmente, as informações importantes não foram disponibilizadas para análise do MTE e, nem tampouco, para o nosso Sindicato, que procurou a Gerência de Segurança para agendamento de uma reunião, porém, não atendido.
A falta de informação leva a especulação na cidade quanto ao número de vítimas fatais, sobre o estado de saúde dos feridos envolvidos, mas, o Sindicato tem um grande conhecimento do ocorrido graças às informações precisas conseguidas por nossa diretoria.
Enquanto as causas não forem identificadas, e efetivamente bloqueadas, o MTE já promoveu a interdição da região onde ocorreu o acidente, além de áreas adjacentes, e exige que a empresa tome providências cabíveis para o reestabelecimento da planta, com garantia de segurança para todos os trabalhadores.
Ainda há possibilidades de interdição de outros setores da usina que, na visão do Auditor do TEM, está em estado de grande degradação, apesar de a empresa divulgar nos meios de comunicação que atende às normas vigentes.
Nos acidentes ocorridos no gasômetro e no alto forno, a empresa demitiu pessoas que julgaram culpadas (os chamados “BODES EXPIATÓRIOS”). Porém, como se pode ver, companheiros, mesmo “pegando alguém para Cristo”, os acidentes graves continuam a ocorrer. Ora, há que serem eliminadas as causas dos acidentes e não somente procurar culpado. Isto mostra, claramente, que a política de SANÇÃO e PUNIÇÃO DOS TRABALHADORES não faz um ambiente livre de acidentes.
