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Trabalhador pobre que trabalha desde cedo contribuirá 11 anos a mais para se aposentar

Trabalhador pobre que trabalha desde cedo contribuirá 11 anos a mais para se aposentar

Companheiros,
Os brasileiros pobres geralmente começam a trabalhar mais cedo e, com a reforma da Previdência, terão de contribuir muito mais anos ao INSS do que o mínimo necessário para ter o direito de se aposentar. O tempo de contribuição exigido pela reforma é de 40 anos para ter 100% de aposentadoria, e a idade mínima é de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.
Um pobre que começar a trabalhar aos 14 anos como jovem aprendiz terá de contribuir 48 anos (mulher) ou 51 anos (homem) para atingir a idade mínima de aposentadoria (62/65 anos). Alguém de classe média que comece a vida profissional aos 25 anos terá de trabalhar menos: em 37 anos (mulher) ou 40 anos (homem), atinge a idade mínima. Ou seja, os pobres podem ter de contribuir por até 11 anos ou quase 30% a mais que a classe média.
Essa possibilidade prevista no texto divide especialistas. De um lado, um grupo afirma que a medida corrige distorções, ao definir uma idade mínima para aposentadoria e exigir maior tempo de contribuição. Do outro, analistas dizem que a reforma impõe um ônus, sobretudo aos mais pobres, que trabalham desde os 14 anos.
Pela lei, os brasileiros podem começar a contribuir para a Previdência aos 16 anos. Entretanto, a exceção é o jovem aprendiz, que começa os pagamentos aos 14 anos.
No Brasil, 444 mil pessoas trabalhavam como jovem aprendiz até dezembro de 2018, na faixa etária entre 14 e 24 anos. Procurado, o Ministério da Economia não informou quantos aprendizes têm, atualmente, 14 anos.